A influências recebidas durante séculos por outras culturas, tornam Braga um festival de sabores e perfumes subtis na culinária minhota.

Numa cidade de gastronomia de requinte, o Bacalhau é imperador nas cozinhas bracarenses.

O batizado Bacalhau à Narcisa, nasce pela primeira vez no restaurante Narcisa, na cidade de Braga. Aberto em 1930, chegou a ser visitado por elevadas figuras de todo o país, tal como, Amália Rodrigues, curiosas por provar e presenciar todo o aroma da tão reputada receita.

Defende-se que o nome do prato deveria prestar homenagem a quem lhe deu fama– Bacalhau “à Eusébia”, a cozinheira-mãe do restaurante situado perto do maior cemitério da cidade, falecida em 1972.

Após o sucesso do prato, este, foi copiado por vários outros restaurantes da cidade e da região.

Conforme ganhou destaque no país, surgiram várias formas para denominar a confeção deste prato – Bacalhau à Narcisa, Bacalhau à Minhota, Bacalhau à Braga e Bacalhau à Moda.

O Bacalhau à Narcisa, é presença obrigatória nas receitas típicas do Minho, onde vários pratos principais e sobremesas são estrelas locais e nacionais. Uma verdadeira mais-valia na divulgação gastronómica de toda a região.

Confeccionado em todo o país, a receita deste Bacalhau, encontra o segredo mergulhado num tacho cheio de azeite e acompanhado por batatas fritas às rodelas, regado com vinho verde tinto ou branco.

Ainda hoje, não existe restaurante que não ofereça “Bacalhau à Minhota”, uma denominação que acaba por ocultar a origem bracarense e que celebra verdadeiros tesouros gastronómicos.

Um património que é nosso que merece ser valorizado e confeccionado por quem lhe amor dedica.