As tradições natalícias que melhor caracterizam Braga

Em Braga, não há Natal sem muita comida e bebida, sem uma missinha e sem outros costumes mais ou menos religiosos. Tudo tradições que muito bem caracterizam a cidade e a região.

Conheça algumas das tradições religiosas, tradições gastronómicas, superstições e outras coisas que tais que marcam a época natalícia na região de Braga:

Ir ao Bananeiro

É a tradição mais recente e também mais peculiar. Pode não parecer muito natalício ir de propósito até a uma loja na véspera de Natal para beber um copo de Moscatel e comer uma banana, mas a verdade é que até é. Ao longo dos anos, o Bananeiro tornou-se um local de reunião para os bracarenses. Todos os Natais, há amigos e familiares que se (re)veem na rua do Souto e junto ao largo do Paço, tudo porque a tradição da banana e do moscatel os junta no mesmo sítio à mesma hora. Junta-se o útil ao agradável: (re)veem-se pessoas e bebe-se e come-se mais um bocadinho.

Créditos: Planet Party

Ir à Missa do Galo

Não poderíamos estar a falar de Braga se não houvesse uma tradição religiosa, ainda por cima no Natal! A época natalícia exige ainda à maioria das pessoas uma ida à missa. Um pouco por todo o país, mas sobretudo no Minho e Norte, as populações deslocam-se para uma celebração à meia-noite, no dia de Natal. É a Missa do Galo. Mais uma vez, é uma ocasião para ver e rever pessoas e, claro, para assinalar e celebrar o nascimento de Jesus e beijar o menino recém-nascido.

Créditos: Céu Ameixinha – Youtube

Não levantar a mesa da Consoada

Na véspera de Natal, depois da Consoada, é costume pelas casas minhotas deixar-se a comida em cima da mesa de jantar. E não é por preguiça – os minhotos não se dão a esse hábito. A verdade é que não levantar a mesa da Consoada se deve a uma superstição. A comida deve permanecer na mesa até ao dia seguinte para que as alminhas e os anjinhos se possam saciar. Caso contrário, algo de mau poderá certamente acontecer. Pelo menos era essa a crença antiga. Hoje, não arrumar a mesa trata-se mais de um hábito que os minhotos adquiriram devido à pitoresca superstição.

Créditos: José Doutel Coroado

Comer até não poder mais

Esta é uma tradição que parece ser transversal a todo o país. Numa terra com o Minho, em que se come bem todo o ano, o Natal só poderia significar comer até não poder mais. No meio de tanto bacalhau, polvo e peru, de tanta aletria, mexidos e bolos-rei, é impossível resistir a “encher o bandulho”, como se diz por aqui. Durante a véspera e o dia de Natal, as famílias comem ao preparar todos os pratos típicos, comem ao dar um saltinho a casa de amigos e familiares, comem às refeições, etc etc… Já quase (só quase) se fica cheio apenas de ouvir falar, não é?

Créditos: Mulher Portuguesa